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02/12/2011

Eventos que dificultam a operacionalidade do Factoring no Brasil

Quando o Factoring foi implantado no Brasil os sistemas de informação engatinhavam e o mercado respeitava a duplicata como o título representativo dos créditos. O manuseio e controle das duplicatas era tema dos cursos academicos e extracurriculares.
Sequer se conheciam outras maneiras de pagar, pois a prova cabal do pagamento era a duplicata autenticada pelo banco ou com um carimbo e assinatura do fornecedor.

O pagamento por boleto bancário tornou-se a forma mais prática de controle, o que foi perdendo importância a medida em que os bancos passaram a oferecer outras formas de pagamento e facilitando os sistemas de contas correntes.

O DOC e a TED também passaram a tirar a importância da duplicata.

DDA

Pelo DDA o banco envia um arquivo eletrônico que é importado pelo sistema do sacado e direciona o pagamento para o CNPJ do credor.

Para pagar para terceiro o operador precisa realizar uma verdadeira gincana que torna o trabalho demorado arriscado e deixa de lado a segurança básica do DDA e do seu sistema que é de direcionar o pagamento para o verdadeiro credor.


Depósito em conta-corrente

O depósito em conta-corrente do fornecedor é mais uma das formas segura de pagar se o crédito for direcionado para uma conta cuja titularidade for o CNPJ do credor (fornecedor ou prestador de serviços).

Os sistemas de gestão dispõe de ferramentas criadas em países onde a duplicata não é conhecida, pois é um título que só existe no Brasil. Esses sistemas se comunicam com os sistemas do serviço de pagamento de fornecedores dos bancos os quais importam arquivos de comando.

Para pagar a terceiros nessa modalidade o sacado precisa cadastrar o terceiro em seu sistema e transferir o crédito, tendo novamente que dispender tempo e incorrer em risco de erro.


Sacados impõe regras para seu conforto

Nos últimos anos as empresas vem enxugando suas estruturas, especialmente nas áreas de apoio ou que não ajudam diretamente nas vendas ou na produção. Obviamente que ninguém vai querer manter funcionarios para cuidarem de contas a pagar, se podem impor algumas regras de blindagem contra riscos.

Basta informar aos fornecedores algumas regras, as quais esses são compelidos a aceitarem sob pena de serem excluídos dos cadastros.

A tendência é que os grandes sacados passem a pagar tudo por depósito em conta, o que lhes dá a liberdade de arbitrarem a data de pagamento segundo sua disponibilidade de caixa. Isso já está tão institucionalizado que quando a cobrança é por boleto, os sacados simplesmente ligam pedindo para trocar a data do boleto, sem juros obviamente.

As grandes empresas passaram a impor regras diante da fragilidade e falta de organização dos fornecedores que se degladeiam disputando clientes. Muitas vezes o problema começa já na cotação mediante imposição de preços objetivos criados pelo comprador e que erroneamente são aceitos pelos fornecedores.

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